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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

sábado, 16 de abril de 2011

Sentidos




Escuro
Silêncio
Medo
Antecipação
Nada é certo, nada é previsto
Um tapa,
Um grito
Dor, prazer
Prazer, dor
Já não mais se diferenciam
Som
Gotas
Lágrimas, suor, sangue
Tudo um só na ausência de luz
Passos
Cada vez mais intenso
Incrível como a escuridão afina a audição
Medo
Talvez ansiedade
Um armário se abre
Objetos retirados
Um único tapa no pé
E o pulo que as cordas impedem
Outro pé
Lágrimas retornam
Um emaranhado de cores escorre pelo rosto
Vara, chicote, palmatória
Pés, bunda, costas
Em meio a sangue, lágrimas e prazer
O tempo se perde
Silêncio
Cordas retiradas
Joelhos ao chão
Beijos na bota em agradecimento
Não há amor maior
Que na entrega
E na humilhação

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