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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

quinta-feira, 19 de maio de 2011

BDSM: Divisões cartesianas

     
   Resolvi falar sobre a divisão dentro do universo BDSM. Como sabemos o BDSM é uma contraposição a forma tradicional de se relacionar de maneira afetivo-sexual. E como tudo nesse mundo cartesiano é extremamente subdividido, o BDSM também é, até que mal nos enxergamos dentre essas subdivisões.
   Sinceramente, sou masoca, sou podolatra, sou um pouco pet, sou submissa, e oscilo em fases que sou bem libertina e por ai vai... sou aquilo que de prazer.
   Meu ponto aqui é que rompemos com o padrão na busca pelo "desviante", na busca pelo prazer. Mas daí começamos a catalogá-lo, a classificá-lo, a encaixotá-lo e dizer como ele deve ser, perdemos um pouco do porque era tão libertador.



   Não questiono todas as convenções, nem as liturgias, pelo contrário acho as liturgias extremamente significativas dentro de suas simbologias.
O que questiono, são as terminologias, e as divisôes que realizamos para poder nos autodefinir e delimitar aquilo que podemos ou não na esfera de nosso prazer (como o exemplo citado acima da divisão usada para definir os tipos de escravas).


   Não precisamos de "caixinhas" nos delimitando e as vezes até impedindo de tentar o novo por já ter sua caixinha pré defenida, na prática cada casal vai encontrar seu limite e a partir disso compatibilidade. Não é dizendo sou uma escrava tal que vamos encontrar compatibilidade e descobrir sexualidade, é tentando praticas e dizendo não gosto disso, disso e disso se você gosta não somos compatíveis.
   Na experiência concreta nos encontramos, não na abstração idealizada.