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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Play - Preparação - Parte II




(Antes de começar o relato em si, gostaria de dizer que é também um desabafo, tentei expressar o que eu sentia ao longo da noite e por isso está confuso em alguns momentos, assim como eu estava confusa com meus sentimentos. Escrevi meio em "brain storm" então peço desculpas pelos erros gramaticais).

Do momento em que desci do carro até a hora em que sentamos na sala para que @s Dominadores (a) explicassem as regras, fui conhecendo as pessoas e formando novas amizades. Conversamos sobre os mais diversos temas, e com cada minuto me encantava mais com aquelas pessoas inteligentes, legais e interessantes. Acho que para mim, a intimidade e a confiança, que necessitei mais tarde, foram se construindo ao longo daquele dia.

À noite, sentamos tod@s @s subs em um colchão no chão da sala enquanto @s dominadores (as) falavam, meio que foi ali que caiu minha ficha do que estava por vir. Ao ouvir que a partir daquele momento eu não poderia fazer mais nada (inclusive falar ou ir ao banheiro) sem permissão, o pânico começou a surgir e comecei a me questionar se de fato conseguiria passar por aquilo.
        Naquele momento eu já conhecia melhor e confiava em um d@s três Dominadores (as), mas @s outr@s dois ainda me assustavam e sinceramente tive um pouco de vontade de sair correndo. Passaram nossa palavra de segurança, e eu por mais que não parasse de pensar nelas, não conseguia gravar (provavelmente porque minha mente já estava paralisada pelo medo), fui ficando ainda mais apreensiva.
Foi quando percebi que estava com fome (por ansiedade não tinha sentido vontade de comer ao longo do dia), fiz um lanche de pé extremamente rápido na cozinha (não conseguia nem sequer sentir o gosto daquilo que ingeria) e fui para o quarto me arrumar. Fiz tudo no automático, lembro que conversei com as meninas, mas no dia seguinte nem sequer me lembrava o que tinha contado (medo me faz falar sem parar).

Depois de pront@s, ficamos @s subs não cozinha de pé a espera da próxima ordem. Estávamos em círculo, todos quietos. Na minha mente passava sobre o que nos esperava lá em cima (@s Dominadores (as) tinham passado o dia arrumando para a play, e nós não tínhamos idéia de como estava). Um dos submissos iria chegar atrasado então ficamos ali esperando por ele. Quando chegou lhe foi permitido um banho de cinco minutos, que nós, @s outr@s subs computamos.
@s Dominadores (a) então nos fizeram arrumar as pontas da corda que foi usada para amarrar nossas mãos. Bem, nunca tive habilidades manuais, e não conseguir cumprir aquilo foi me deixando mais nervosa, não gosto de falhar. Depois fomos vendados e a partir dali não sei quanto tempo esperamos. Eu cheguei à conclusão que precisava me acalmar então comecei a passar mentalmente passos de dança para me distrair, o que funcionou (mas me pareceu muito errado depois).
O inicio da play seria um interrogatório pelos dois Dominadores comigo, fui levada então para um quarto escuro onde fiquei sentada a espera do que viria. Nesse tempo acredito que subiram @s outr@s subs. De vez em quando um dos Dominadores vinha ao quarto para me botar medo, uma tortura psicológica. Eu tenho problema com espaços fechados e mais uma vez para superar meu medo tentei distrair minha mente cantando quando ficava sozinha. Naquele momento ainda não tinha experiência com a dor, e sabia que iria apanhar, por medo preferia abstrair.
Na ultima vez que os Dominadores entraram, eles aproximaram fogo de mim. Como não podia ver, só ouvia o barulho e sentia o calor, a principio, eu senti muito medo, mas ao mesmo tempo estava muito animada. Foi quando comecei a apanhar, doeu muito, acho que porque estava começando.


Tentei lembrar a palavra de segurança, mas essa há algum tempo já tinha saído da minha mente. Nesse momento meus truques para me acalmar já não funcionavam. Mas ao mesmo tempo que estava desesperada e querendo fugir, comecei a sentir o oposto. Comecei a perceber que confiava (na verdade a cada momento um pouco mais) nos dois Senhores, e assim meu medo foi se transformando em apenas excitação.
E o que mais me impressionou, foi que algo novo surgiu em mim, por mais excitada que estivesse e por mais que tivesse ido ali para explorar meus limites, essas coisas eram as últimas que passavam pela minha mente. Tudo o que eu queria era agradar quem me dominava, queria que tivessem prazer, que a cena que montaram funcionasse como eles queriam, e meus medos perto desse desejo eram pequenos. Acho que ali percebi que para fazer aquele momento bom para eles eu agüentaria o que viesse.

Continua em um próximo post!

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